Rompimento de ligamento do tornozelo: Avaliação e reabilitação completa

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O rompimento de ligamento do tornozelo é uma das lesões mais comuns em esportes de impacto e atividades físicas intensas. Embora muitas vezes seja confundido com uma simples entorse, o rompimento ligamentar pode causar instabilidade crônica, déficit funcional e alto risco de recidivas quando não é avaliado e tratado corretamente.

Profissionais da saúde do movimento, como fisioterapeutas, educadores físicos e donos de clínicas, precisam compreender mecanismos, avaliação objetiva e critérios de retorno seguros, garantindo reabilitação eficaz e prevenção de novas lesões.

Causas e mecanismos do rompimento ligamentar

O tornozelo é estabilizado por ligamentos laterais, mediais e sindesmais, responsáveis por controlar movimentos de inversão, eversão e flexo-extensão.

  • Ligamentos laterais (LTFA, LCF, LTFP): mais suscetíveis em torções por inversão e flexão plantar.
  • Ligamento deltóide (medial): mais resistente, raramente lesionado isoladamente.
  • Ligamento sindesmal: envolve a articulação tibiofibular distal, frequentemente associado a traumas de alta energia.

Mecanismo típico de lesão: inversão súbita com flexão plantar, provocando estiramento ou ruptura parcial/completa dos ligamentos laterais.

Classificação da lesão

Grau I: estiramento leve, edema discreto, instabilidade mínima.

Grau II: ruptura parcial, instabilidade funcional moderada, dor acentuada.

Grau III: ruptura completa, instabilidade evidente, dor intensa e hematoma significativo..

Avaliação clínica e diagnóstico

O diagnóstico preciso é fundamental para guiar a reabilitação. Ele combina exame físico, testes funcionais e exames de imagem.

Sinais clínicos

  • Dor localizada na face lateral ou medial do tornozelo
  • Edema e hematoma agudo
  • Limitação funcional e alterações na marcha

Testes funcionais

  • Gaveta anterior do tornozelo: avalia instabilidade anterior
  • Tilt talar: identifica instabilidade lateral
  • Avaliação de propriocepção e equilíbrio: essencial para detectar déficits neuromusculares

Exames de imagem

  • Radiografia: descarta fraturas ou avulsões
  • Ultrassonografia: detecta rupturas ligamentares parciais ou completas
  • Ressonância magnética: detalha extensão da lesão e estruturas associadas, sendo referência em casos complexos

Reabilitação funcional: foco em força e controle neuromuscular

A reabilitação deve ir além da mobilidade e controle da dor. A restauração da força e estabilidade é crítica para prevenir recidivas e garantir retorno seguro.

Fase 1 – Controle de dor e edema

  • Crioterapia e elevação do membro
  • Proteção com órteses ou bandagens elásticas
  • Educação do paciente sobre movimentação segura

Fase 2 – Mobilidade e amplitude de movimento

  • Mobilizações passivas e ativas assistidas
  • Exercícios controlados de flexo-extensão e inversão-eversão

Fase 3 – Fortalecimento muscular específico

  • Foco em eversores, inversores e flexores plantares
  • Avaliação de assimetrias entre tornozelo lesionado e saudável
  • Exercícios progressivos com resistência variável

Fase 4 – Treino proprioceptivo e de equilíbrio

  • Equilíbrio unipodal e superfícies instáveis
  • Exercícios de reação rápida e controle de aterrissagem
  • Progressão para atividades funcionais e esportivas

Fase 5 – Testes funcionais e retorno gradual

Retorno gradual ao esporte com carga progressiva

Avaliação objetiva de força e monitoramento

Uma avaliação objetiva diferencia profissionais que apenas seguem protocolos genéricos daqueles que aplicam reabilitação baseada em dados. Ferramentas de avaliação objetiva, como dinamômetros, permitem medir resultados com precisão e tomar decisões clínicas baseadas em dados.

  • Dinamometria isocinética e isométrica: quantifica força de eversores, inversores e flexores plantares
  • Comparação entre membros: identifica déficits específicos
  • Monitoramento contínuo: ajusta cargas e previne compensações

Benefício: permite decisões clínicas precisas sobre progressão e retorno seguro ao esporte.

Critérios objetivos para retorno ao esporte

Antes de liberar o paciente para alta demanda:

  • Simetria de força igual ou superior 90% entre tornozelos
  • Testes funcionais superados (Y-Balance, hop test)
  • Ausência de dor e edema
  • Confiança no controle neuromuscular

Sem esses critérios, há maior risco de recidiva e instabilidade crônica.

Prevenção e manutenção pós-reabilitação

  • Protocolos contínuos de fortalecimento e propriocepção
  • Aquecimento funcional antes da prática esportiva
  • Orientação sobre superfícies e calçados adequados
  • Reavaliações periódicas para monitorar evolução
    Estudos indicam que entre 20 e 40% das entorses evoluem para instabilidade crônica, reforçando a importância de avaliação e acompanhamento criterioso.

Conclusão e aplicação profissional

O rompimento de ligamento do tornozelo exige avaliação detalhada, monitoramento contínuo e reabilitação baseada em dados objetivos.

Com tecnologias como a da Kinology, profissionais podem:

  • Quantificar força e identificar déficits
  • Acompanhar evolução de forma precisa
  • Aplicar protocolos personalizados
  • Garantir critérios objetivos de retorno

Eleve sua clínica ao padrão de reabilitação de elite, reduzindo riscos e melhorando resultados funcionais dos pacientes.

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